domingo, 25 de maio de 2014

As bênçãos de uma família numerosa

IMG_0216Eu nasci numa família de nove irmãos. Perto da minha casa, morava um tio, que tinha quinze filhos. Um pouco mais longe, morava o senhor Guatura com seus 24 filhos e mais um adotivo. Era assim há uns cinquenta anos. E que festa era! Faltava bola para jogarmos futebol no quintal; então, fazíamos bolas de pano.

No aniversário de cada filho, bastava convidar os primos para a casa já ficar cheia. Minha mãe fazia um delicioso “pão de ló” coberto com suspiro. Era o manjar dos deuses! Cada um tinha o direito – só naquele dia – de tomar um guaraná “caçula”. Para acabar devagar, pedíamos ao papai para fazer um furinho na tampa. Que tempo bom!

Não tínhamos quase nada, só um rádio. Não havia TV, internet, fogão a gás, geladeira, batedeira, freezer, nem micro-ondas, mas não nos faltava nada, havia muitos irmãos e muito amor.
É por isso que o Catecismo da Igreja diz que “a Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem, nas famílias numerosas, um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (n.2373). E ainda: “O filho não é algo devido, mas um dom. O “dom mais excelente do matrimônio” e uma pessoa humana’” (n. 2378).
Ora, se Deus diz, pela boca da Sua Igreja, que “os filhos são o dom mais excelente do matrimônio”, então, dentro dessa lógica, quanto mais filhos melhor. Ninguém rejeita um dom de Deus, certo? Nunca vi alguém rejeitar um presente. É por isso que, no altar, o padre pergunta aos noivos: “Prometem receber os filhos que Deus lhes enviar, educando-os na fé de Cristo e da Igreja”?
Bem, sabemos que o mundo mudou muito nesses cinquenta anos. A vida ficou mais cara e os pais têm mais dificuldades para criar e educar os filhos. Mas não há justificativa para irmos ao outro extremo, pois há muitos casais que já não querem ter filhos ou adiam o nascimento destes por muitos motivos.
Todos os países da Europa já estão com a população diminuindo, e muitos deles fazendo fortes campanhas para aumentar a natalidade. O Japão, por exemplo, está investindo três bilhões de ienes para fomentar o nascimento de mais crianças.
O Brasil tem somente 20 pessoas por km2, enquanto o Japão tem 330; dezesseis vezes mais. E eles querem aumentar a população, pois esta está envelhecendo. E o Brasil quer diminuí-la.
A Igreja ensina que cada casal deve viver segundo a “paternidade responsável”, isto é, deve ter todos os filhos que puder criar adequadamente. O critério de natalidade não deve ser o egoísmo, o medo ou o comodismo, mas o amor a Deus e ao filho, “o dom mais excelente do matrimônio”. Num casal cristão não pode faltar “a fé que move montanhas”. A Bíblia diz que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6) e que o “justo vive pela fé” (Rom 1,17, Hab 2,4). Hoje faltam filhos porque falta fé.
Quanto maior uma família tanto mais alegria há nela. Como é gostoso, nos fins de semana, os cinco filhos, o genro e as quatro noras, mais os onze netos! É uma festa que não tem preço! É claro que tudo isso custou caro, muito trabalho, suor e lágrimas. Mas é uma festa contínua. Só quem dela participa sabe o seu significado.
Nós damos valor a uma família grande sobretudo na hora da dor e do sofrimento, quando todos se juntam para ajudar aquele que sofre. Como foi bom ver meus filhos e noras acompanhando, todos os dias, em revezamento, a minha esposa no hospital, em São Paulo, em um mês de internação, antes de Deus a chamar! Como é bom compartilhar as alegrias e as lágrimas com aqueles que têm o nosso sangue!
Portanto, mesmo com as dificuldades da vida moderna, o casal deve, na fé, não negar a Deus os filhos que puder ter. Afinal, o Catecismo diz que “os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas” (n.2222).
A maior glória que podemos dar ao Senhor é gerar um filho, pois nada neste mundo é tão grande e belo quanto ele. A nossa liturgia reza que “tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”. Pode a criação dar mais glória a Deus do que quando surge uma vida humana? Um cientista disse que “o Cosmos chorou quando viu o homem surgir”.
Infelizmente, caiu sobre o mundo todo um pavor estranho, um medo enorme de ter filhos; mas o casal cristão não deve se deixar levar pelo pânico de muitos ecologistas exagerados e de outros catastrofistas de plantão.
Prof. Felipe Aquino

Um comentário:

  1. Realmente a Familia mudou da agua para vinho, e perdeu bastante com a diminuiçao de cada membro, as familias estão planejando demais da conta pensando no futuro e no bem estar de cada um, pensando em dar um bom nivel de vida pros filhos ou pensando em se formar e ter um emprego bem remunerado para depois pensarem em ter filhos, muitas vezes essa matematica não funciona pois a vida nem sempre é do jeito que a gente quer, de repente numa fatalidade morre um dos conjuges ou mesmo se divorcia e ai aquele planejamento todo foi por agua e abaixo ai já é tarde e ai vem aquela depressão e não tem nem mesmo um filho ou uma filha para consola-lo e alegra-lo .Mas é preciso resgatar um pouco aquela familia simples sem tanto planejamento pois Deus provera, o importante seria tentar educalos com carinho mas se precisar umas boas palmadas sem aquele odio ou raiva que deixe qualquer um cego e perde toda a razão em qualquer circunstancia por exemplo assisti um video que ums mãe creio que era africana não dava p entender o que ela dizia em Ingles de uma menina de maios ou menos 13 anos mas a gente via que em todo momento que ela batia na menina por ter colocado um video na internet só de calcinha ela falava ccm a menina mas não perdia a calma e batia e ia falando o tempo todo sem perder a razão enquanto a irmã fazia o serviço na cozimha sem dar muita atenção aparentemente mas com certeza estava captando aquilo pra ela também . Fui criado assim como meus 8 irmãos criados com esse tipo de educaçao qdo faziamos as coisas erradas ou deixassemos de obedece-los e fazer o que era pedido a varinha comia solta era um de um lado da mesa e o outro do outro lado para não escaparmos e estamos ai tivemos altos e baixos como qualquer um e eu agradeço aquelas palmadas aquela preocupaçao em saber o estavamos fazendo na rua muitas vezes não dava para eles controlarem todos mas mesmo assim todos meus irmãos estão bem na vida graças a Deus e hoje eu sei que devo a preocupaçao o exemplo de vida de minha mãe que veio de PORTUGAL sozinha qdo era p vir com mais duas irmas que na hora h desistiram e ela veio assim mesmo numa epoca da guerra mundial onde o navio tinha que viajar escondido somente a noite para um pais que não conhecia ninguem só tinha um irmão morando aqui que iria encontra-la no porto de Santos mas que deu tudo errado e teve que se virar com apenas 17 anos mas que soube se virar p contornar a situaçao até encontrar seu irmão que já estava a alguns anos no Brasil ... e meu pai que foi um trabalhador da roça no interior de Sao Paulo Piracicaba e que resolveu se aventurar na Capital paulista onde passou por varios empregos e finalmente conseguiu na FABRICA DE CERVEJA BRAHMA onde se deu muito bem e se aposentou ... Os dois acabaram se encontrando e se apaixonando e casando para o resto de suas vidas chegando aos 92 anos de vida meu pai e minha mãe depois de alguns anos sozinha chegou tambem aos 92 anos os dois bem lucidos e felizes pela familia que criaram com muitos netos e bisnetos .E preciso resgatar essa ideia sei que é muito dificil mas não impossivel .Crescei-vos e multiplicai-vos foi o que DEUS nos disse sem muito planejamento o resto ele dá um jeito. Eu sinto em não ter conseguido convencer minha esposa em termos mais filhos só tivemos um casal mas agradeço a Deus pelos netos que eles me deram é preciso pensar bem antes duma vasectomia pois o tempo não volta atras e depois é tarde não adianta chorar .Beijos

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