segunda-feira, 4 de março de 2013

Relacionamentos duradouros. É possível?


Sim, é possível um relacionamento duradouro, a partir da disponibilidade daqueles que se unem.E em todo e quaisquer tipos de relacionamentos, cada membro possui 50% de responsabilidade nele.

Algumas pessoas já não querem mais casar-se pois observaram que enquanto solteiros, determinado casal se dava muito bem, após casarem, começaram as brigas, se separaram.

Ocorre que da mesma forma que só aprendemos a ser pai/mãe no momento em que estamos sendo – e isto é uma ação em curso – só aprendemos a ser casal enquanto estamos sendo, em nosso dia a dia. Ou seja, não existem fórmulas para ser casal, o que existe é uma decisão de ser casal e uma atitude decorrente desta decisão, que resulta num aprendizado mútuo.

O AMOR não é um sentimento, não é uma historinha de “Romeu e Julieta” onde tudo é lindo e fácil, mas é uma CONSTRUÇÃO, fruto de decisão e atitude diária, onde se encontram recompensas, alegrias, mas também frustrações e renúncias. E isso é maravilhoso, pois só assim crescemos.

Então, unir-se a alguém implica em aceita-lo como é, como ele pode ser. Só que acontece o seguinte: o próprio sujeito desconhece algumas características familiares que traz em si mesmo, portanto não pode, a princípio, erradica-la de sua vida.

O casamento é a união de um homem e de uma mulher que constroem em comunhão e em amor uma vida comum.

Num casamento, união entre um homem e uma mulher que decidiram construir uma vida em comum, o homem está se unindo à mulher e à sua Família –  não tem como ser diferente. Quando o sujeito se apresenta a alguém, ele não está se apresentando sozinho, é como se dissesse ao se apresentar: “eu apresento em mim a minha família”.

Por exemplo: o sujeito se acha calmo, tranquilo. Num determinado tempo em sua vida, ele começa a apresentar nervosismo, ansiedade diante da direção do outro ao volante. E a partir daí só ele dirige o carro e nem quer saber se o outro quer dirigir ou não. Este pode ser um fato gerador de brigas entre o casal, onde um chama o outro de egoísta. Mas sob uma análise mais profunda, o sujeito pode estar passando por um estresse e, para não quebrar, arrebentar internamente, ele se segura da forma como pode se segurar, ou seja, pelo controle.  É como se ele fosse uma barreira contendo a água do rio caudaloso e não pode se distrair, senão perde a força e arrebenta. O modo como o sujeito procedeu frente ao estresse é certamente o mesmo modo aprendido ou apreendido de seus pais ou familiares.

Às vezes, o sujeito exerce seu controle cobrando seu companheiro, exigindo dele, desrespeitando-o. Quando um relacionamento entra neste grau de cobrança, há de se questionar sobre o que pode estar acontecendo e em que lugar se encontra a raiz da insatisfação: o ciúme do outro pode ser uma fala do tipo “não estou me sentindo amada, valorizada por você”; a rispidez com que trata seu companheiro, pode significar a fala “você não sente atração por mim, eu não vou deixar que isto magoe” – e pela rispidez ele já se assegura de não se deixar machucar. Ora, o homem só não sente atração pela esposa quando está doente. Se esta não é uma alternativa, então qual será a possível? Uma das coisas que ocorre entre o casal é o distanciamento causado pelo afastamento ou recusa de um dos cônjuges em entregar-se às necessidades físicas do outro. Cabe aqui atentar para o perigo da infidelidade.  

Ora, desejando uma relação verdadeira, saudável, plena, é que o casal se une; donde há de atentar a todo tipo de comportamento que esteja distanciando do outro. Caso não esteja feliz no relacionamento, cabe o questionamento sincero, a busca de um profissional que auxilie nesta busca e a oração. Sempre digo que a Ciência junto com Deus é invencível. O casal que deseja constituir Família há de se lembrar que o homem é constituído de Espírito (por onde se conecta a Deus), Alma (sede da personalidade, desejos, psique) e Corpo (onde se dá o sintoma da harmonia ou da desarmonia entre estas três partes). Não é possível construir uma Família plena sem a participação de Deus no meio dela. É o espírito Santo quem conduz a vida matrimonial do casal – mas ele tem que querer.

Muitas vezes não nos ligamos aos ensinamentos da Igreja ao que tange nossos comportamentos. Isso geralmente por desconhecermos o sentido destes ensinamentos. Um direcionamento interessante e importantíssimo é de que o casal não se uma sexualmente antes do casamento (2350). Mas porque a Igreja nos ensina isto? Porque dessa forma o casal descobrirá o respeito mútuo, a fidelidade e a esperança confiante de se receberem da parte de Deus. Vão ajudar-se mutuamente e crescerão juntos.


“O sonho é para ser construído. A ilusão é para ser destruída”(desconheço o autor)


Anacris Aquino

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