Os Pais, os Filhos e a "Cervejinha"

Ao engravidarem (é isto mesmo que estou falando, pois ambos - pai e mãe engravidam juntos) nem sempre os pais têm consciência de que terão que abrir mão e/ou mudar alque terão que abrir mão e/ou mudar algunsguns hábitos como deixar o consumo de drogas, fármacos - lícitos ou não, deixar o consumode álcool, passar a dirigir com cautela, ser cordial, gentil com o outro, seja ele quem for.

Isto porque desde o ventre materno a criança começa aprender: aprende falar com boa dicção, aprende gostar de música, aprende a tolerar o outro, enfim, aprende a comportar-se conforme o que apreendeu dos pais.

Alguns pais, desconhecendo ou não querendo acreditar no que já é comprovado cientificamente, afirmam que "utilizou drogas na frente do filho até que ele completasse 6 anos, pois antes ele não se ligava. E acha que não deu mau exemplo, pois antes dos 6 anos o filho não entendia nada e ao crescer ele vai usar drogas se ele quiser, independente do que o pai faça"

Bem, este pai equivocado, certamente desconhece que o filho possui uma memória olfativa também, e que a palavra paterna e/ou materna é uma palavra profética, tem que ser seguida, obedecida, cumprida - isto independente dela ser ou não verbalizada.

Prova disso é o fato de uma usuária com 21 anos, que relata: "minha mãe fumava maconha quando eu era pequena e quando cresci, estava numa festa e senti um cheiro conhecido. Na mesma hora lembrei do cheiro de minha infancia na casa onde minha mãe me levava e perguntei - lhe; ela disse que nesta casa ela e amigas fumavam maconha" (Exemplos extraídos do artigo da Clínica Terapêutica Viva - www.ctviva.com.br)

Orientações aos pais:

• Os pais hão de tomar consciência de que seu filho/a aprende a partir de exemplos; os pais são para eles figuras de suma importância, modelos a ser seguidos.
•  Os pais não devem incentivar seu filho dizendo: "isso, beba mesmo, é isso que é ser homem"
•  Os pais não devem pedir ao filho que lhe traga a garrafa de bebida e nem que lhe prepare o copo com bebida
• Conversar com o filho acerca dos malefícios para a saúde trazidos pelo excesso de bebida
• Os pais devem oferecer somente bebidas saudáveis aos filhos, nada de colocar sua chupeta na bebida alcóolica e depois por na boca do filho
• Os pais podem tomar sua taça de vinho ou seu copo de cerveja na frente dos filhos, desde que não se exceda, desde que, adultos, eles façam-no de forma legal e responsável

Segundo o Dr. Dráuzio Varella, o Dr. Ronaldo laranjeiras e o Dr. Maurício de Souza Lima, no Brasil, o álcool é ingerido cada vez mais cedo pelos meninos e meninas. O que não é do conhecimento de muitos é o fato de que as mulheres, devido ao fator gordura corpórea ser maior que a dos homens, absorvem o alcool mais rapidamente.

Fatores de risco:

• a bebida alcóolica é estimulada, chegando ao ponto dos pais terem pânico ao saber que o filho experimentou o êcstase, a maconha, mas acharem normal que bebam

Fatores genéticos e emocionais influenciam no consumo:

• o álcool reduz a ansiedade + associado às pressões dos amigos + a onipotência do jovem + a falta de controle na oferta de bebidas alcóolicas a menores + os pais sendo o exemplo para seus filhos, vangloriam-se na frente dos filhos,tomar 20 cervejas ou uma garrafa inteira de wisky numa só noite

Fatores que influenciam o consumo de bebidas alcóolicas:

• falta um rigoroso controle por parte da fiscalização que controla a venda de álcool para menores
• há muitos pontos de venda = 1 para cada 180 mil habitantes
• propaganda é intensa
• o preço baixo da bebida

Todos estes fatores somados não constróem ninguém.

Anacris Aquino