Sei que este é um tema chocante, mas presente em nosso meio, mais próximos do que imaginamos. Acostumamo-nos com ela, de modo que não a reconhecemos como algo destrutivo, pernicioso.É preciso falar dela para reconhece-la e tratá-la e assim erradicá-la do nosso meio de Amor.
Ela destroe a auto-imagem, perpetua em nossos filhos(as),descaracteriza o sujeito que a sofre, uma vez que ela não o nomeia, não o reconhece, não o legitimiza.
Ela destroe a auto-imagem, perpetua em nossos filhos(as),descaracteriza o sujeito que a sofre, uma vez que ela não o nomeia, não o reconhece, não o legitimiza.
Maturana, biólogo chileno que escreveu sobre o AMAR, diz que AMAR É LEGITIMAR O OUTRO.
E o que é LEGITIMAR? é re-conhecer o outro, permitir que ele seja como ele se apresenta a mim, sem críticas nem restrições.
O amar o outro possibilita a minha escolha diante do que ele me apresenta; ou seja: aceito-o mas opto por ficar ou não junto dele.
Amar é ser livre - respeitosamente livre.
Aquele que pratica a violência emocional impede a livre manifestação do outro; além de repeli-lo, critica-o, rechaça-o, destrõe. Egoísticamente vai destruindo sua família.
Um claro exemplo é o que ocorre numa novela atual, onde o marido provedor desrespeita a esposa: alem de não apoiá-la, a tem como objeto. A mulher busca ser legitimada, reconhecida em outros relacionamentos,enquanto os filhos, soltos no ar, procuram quaisquer coisas a que se agarrar para sentir os pés em chão firme: droga, sexo, compulsões, ocupar o lugar paterno.
A violência emocional causa tanto desconhecimento quanto ao lugar de cada membro familiar, que os papéis se invertem, se misturam, confundem.
A terapia pode ajudar na RECONSTRUÇÃO dessa família que se perdeu em algum ponto do seu caminhar.Mas ela tem que querer, tem que sair de seu egoísmo opressor e abrir-se a aprendizagem de legitimar o outro.
Ana Cristina Aquino
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