terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dormir junto com os pais: saúde ou prejuízo?

Dormir junto com os pais: é a única saída? a criança não dorme, teima em ficar na cama dos pais...é assim que tem que ser? O que leva os pais a permitir e incentivar a criança dormir junto deles, em sua cama? O que esta atitude pode causar à criança?Faz bem ou faz mal? Tudo depende do que motiva os pais a terem a criança em sua cama: a quem a criança serve neste momento? ao pai? à mãe? a si mesma? se coloco meu filho em minha cama para que ele sirva a meus interesses, posso estar alimentando a dependência dele a mim e com isto, dificultá-lo em sua vida, inclusive na vida sexual. Trabalhemos com fatias de possibilidades: Quando os pais permitem e/ou incentivam que o filho durma em sua cama, impõem à criança uma responsabilidade que não é dela, pois a criança atua no papel de guardiã (paterna e/ou materna), pois eles não poderão entrar numa conversa ou contato íntimo devido a sua presença. Por sua vez, a criança está dando limites aos pais. Ela tende a transformar-se num ditadorzinho que mais tarde será difícil tolerar; no chefe desrespeitoso; no namorado ciumento, que vai as últimas consequências, pois não consegue suportar a frustração de ouvir um "não". Com respeito e carinho,em concordância com meu companheiro (a), posso incentivar meu filho a dormir sozinho em seu quarto: brincando com ele no quarto, enfeitando o quarto conforme o gosto dele a fim de deixá-lo bem acolhedor. Se noto que falta um quadrinho numa parede, posso sugerir a ele algo do tipo: "que tal se colocássemos um quadrinho aqui?". E acolho sinceramente a sugestão dele. É um ser humano em formação, e eu, enquanto pai/cuidador, posso e tenho responsabilidade nesta construção. Há também a possibilidade da criança dormir na cama dos pais até que sentir-se segura e passar a dormir em sua própria cama. Decisões como esta, devem ser tomadas pensando num conjunto de fatores, que envolvem a idade da criança, suas necessidades, e outras. Quando não consigo decidir sobre isso, a melhor decisão é buscar um profissional capacitado a me auxiliar.

3 comentários:

  1. Oi Ana! Eu tenho trabalhado muito com uma linha de pensamento que se chama Attachment Parenting, é uma contra corrente, que busca desenvolver a intuição dos pais com seus filhos pequenos. Uma das feramentas é justamente a cama compartilhada. Eu sou a favor que as crianças pequenas durmam com seus pais, como forma de estarem conectados, respodendo as necessidades delas também a noite. Principalmente no mundo de hoje, onde os pais estão muito ocupados. Acredito que a interdependência é a melhor forma de crescer saudavel e confiante. É claro os pais devem conversar sobre isso, entrar em acordo, não permitir que a sua intimidade seja atrapalhada. Mas intimidade não é só na cama não é mesmo!

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  2. Gostei do tópico...A Ana Luisa dorme no seu berço desde 40 e poucos dias, porém muito esporadicamente dorme coma gente.
    Adorei ler e nos faz refletir sobre esse assunto tão polêmico.Recorda a minha infância com a qual dividi com minha avó a cama,até o dia que decidi ter a minha.

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  3. É verdade gente!
    De fato, quanto ao ser humano nada é fechado; uma só opinião, sem abrir-se a outras possibilidades não leva a nada.
    O importante é a gama de possibilida-
    des que nos levam a pensar, refletir, nos tornam conscientes sobre
    nossas escolhas e assim damos passos assertivos com mais segurança e desenvoltura.

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