quinta-feira, 5 de junho de 2014

CULPA decorrente de ABUSOS

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A culpa é um sentimento o qual não é maléfico de todo, contando que não perdure, mas seja erradicada.Num primeiro momento, a culpa diante de um ato praticado por mim o qual causou dor, destruição e/ou ofensa a alguém é saudável, pois me leva, muitas vezes ao ato humilde de pedir perdão, desta forma restaurar meu equilíbrio interno e ter possibilidade de restaurar meu relacionamento com o outro.

Perniciosa e destrutiva ela passa a ser quando me recuso acreditar que sou merecedor do perdão a mim ofertado, daí me indispondo contra mim, acusando-me impiedosamente da ofensa que cometi.
Quando há abuso sexual, físico, psicológico dentro de casa (o que geralmente ocorre) é praticado pelo pai, mãe, irmãos, primos, empregados ou amigo da família, a criança pode até ser convencida de ser uma "brincadeira gostosa", uma vez que lhe dá prazer. Entretanto ela sabe que não está certo e a culpa crescerá dentro dela, de forma inconsciente. Ela pode ficar fixada na fase em que o abuso ocorreu, e os frutos dessa "brincadeira" vão se tornando amargos na medida em que cresce: poderá se sujeitar a duvidar de si mesmo e acreditar na palavra do outro, da mesma forma como, sabendo que não era correto a "brincadeira" que o adulto lhe fazia quando pequena, desconfiou de si para confiar nele; poderá crescer sendo excessivamente sensual buscando inconscientemente conquistar aquele adulto abusador;  duvidar de seus julgamentos; sentir-se atraída/o por pessoas mais velhas de mesmo sexo que aquele adulto que a abusou; sentir ojeriza, aversão ao sexo, o que dificultará vida conjugal.
O adulto fixado na fase infantil dificilmente se desvencilhará para crescer e desenvolver física, psíquica, mental, emocional, profissional, conjugal, pois não crê em si mesmo, numa similaridade daquele modo como se sentiu ao ser usado pelo ser no qual confiava, ou seja, o conflito presente entre  "ele/a fala que pode fazer, que é gostoso X sinto gostoso, mas parece que ninguém pode ver" lhe causa desgaste psíquico pela culpa aí instaurada.
É tão proibido à criança contar o que lhe ocorreu, que ela enterra em seu psique lembranças relacionadas a este fato, de forma que muitas vezes o adulto se torna depressivo ou com outros transtornos mentais devido a esta lembrança nunca mais revista, trancafiada em seu mais íntimo, lembrança que insistentemente bate à porta do Consciente querendo sair, até
que sai disfarçado em forma de alergias, depressões, transtornos e outras.
Geralmente a pessoa com tais sintomas busca somente auxílio médico quando na realidade, a Terapia Psicológica associada ao Tratamento Psiquiátrico e aos Exercícios Espirituais de Perdão auxiliarão o Sujeito a ser curado de seus tramas, erradicando a culpa e propiciando uma vida verdadeiramente livre.

AnacrisAquino

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